O dia 1º de Maio é dedicado, em todo
mundo, à luta dos trabalhadores pela conquista e efetivação de seus direitos.
Nos últimos anos, o Estado brasileiro tem efetuado graves ataques aos direitos
dos trabalhadores. Como exemplo, podemos citar as restrições de acesso ao
seguro desemprego e à previdência, bem como o projeto de lei - PL 4330, que
pretende terceirizar serviços essenciais para a população, que estão atualmente
precarizados pela ausência do Estado. Todos esses ataques tem um único
objetivo: garantir os lucros das empresas que bancam as campanhas eleitorais
dos governantes.
Dentre os serviços públicos, todos
abandonados, a situação da educação tem ganhado destaque nos noticiários.
Ironicamente, a grande mídia não está noticiando o estado precário das escolas
e a desvalorização dos professores, que veem os poucos direitos que possuem
sendo atacado ferozmente. A reação natural dos trabalhadores é fazer
manifestações e, quando não são sequer recebidos pelo governo, recorrem ao direito constitucional de greve.
Em muitos estados brasileiros os
professores estão em greve para garantir que seus direitos não sejam
vilipendiados em nome dos lucros das empresas. Como resposta a essas demandas,
os professores recebem a repressão covarde, violenta e brutal da PM, como
aconteceu no Paraná dias antes ao simbólico 1º de maio. Enquanto os deputados
votavam o projeto que rouba o dinheiro da previdência dos professores, do lado
de fora os trabalhadores eram mais uma vez massacrados pelas forças de
repressão do governador Beto Richa – PSDB.
No Pará, os profissionais da educação
entraram em greve no dia 25 de março para garantir o plano de carreira; a
reforma das escolas, sem condições dignas para professores e estudantes; o
cumprimento da lei do piso nacional pelo governo do estado e não redução de suas carga-horárias. Até
agora a única resposta do governo Jatene aos professores foi uma propaganda
veiculada nos meios de comunicação, na qual o governo mente e nega todas as
pautas colocadas pela categoria, chegando ao cúmulo de afirmar que o salário de
um professor em início de carreira no Pará é superior a 5.000 reais e dizendo
que está investindo na recuperação das escolas. Essa estratégia tem o claro
objetivo de jogar a sociedade contra os trabalhadores e pressionar os docentes
a saírem da greve sem nenhuma conquista.
Nesse sentido, a PASTORAL DA
JUVENTUDE DA DIOCESE DE SANTARÉM se solidariza com todos os trabalhadores da
educação e apoia a greve da
categoria, direito garantido pela Constituição Brasileira. Ao mesmo tempo,
convocamos os estudantes, que fazem parte de nossas bases, a participar das mobilizações e atos públicos
e a não retornar às salas de aulas
antes do término da greve, somando força com os trabalhadores por uma
educação de qualidade, com valorização dos profissionais e reformas das escolas.
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