
A educação está ligada ao processo de ensinar e aprender no qual envolve o desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano. Para saber, para saber fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Ela existe onde não há a escola e por toda parte podem haver redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a outra, onde ainda não foi sequer criado algum modelo de instituição escolar em que predomina uma educação formal e centralizada.

Entretanto, a proposta aqui é refletir sobre a educação que é proporcionada pela escola, pois no contexto em que vivemos notamos que a escola é um dos principais espaços de aprendizagem e socialização.
podendo ser um importante lugar para reflexões que levem a formação de pessoas que tomem suas vidas nas mãos e atuem em vista do bem comum. Entendemos que uma educação que propicie um olhar mais amplo e crítico sobre o mundo, que instigue a criatividade, que favoreça o grupo enquanto espaço de aprendizagem e vivência tem como fruto uma melhor sociedade.
A garantia de uma educação de qualidade que promova o desenvolvimento integral do ser humano é critério indispensável na avaliação de uma nação desenvolvida. Diante do nosso país, de dimensões continentais, observamos uma diversidade cultural educacional extremamente abrangente. Olhando para a história da educação, é possível perceber significativos avanços realizados e grandes desafios superados, principalmente no que diz respeito à educação pública.
Para compreender melhor a realidade da educação brasileira é necessário conhecer alguns dados. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos o Brasil está classificado em 53º lugar dentre 65 países avaliados, ou seja, um nível avaliativo extremamente baixo, principalmente se compararmos ao ranking das maiores potências econômicas mundiais, cuja posição do Brasil é a 6º (CEBR - 2011). Certamente um dos pontos que colabora para esta realidade é o baixo investimento na educação. No que diz respeito à participação das crianças e jovens nas escolas, se é notório o aumento das matrículas da população em idade escolar, mais perceptível ainda é a carência de qualidade no sistema de ensino e aprendizagem oferecido.
Outro ponto significativo nesta discussão é a realidade dos profissionais da educação. O sistema educacional não conseguirá evoluir sem a devida qualificação, o reconhecimento financeiro, profissional e o real comprometimento dos profissionais da educação. Atualmente existem programas governamentais que tentam atender a estas demandas. Todavia, continua sendo notório que temos um abismo imenso entre o real e o ideal.
Diante da realidade da educação no Brasil explicita acima e principalmente diante da realidade que vivenciamos durante nossa vida é importante que possamos parar e pensar: será que essa educação é a que queremos? O que estamos aprendendo? O que precisamos fazer para mudar esse quadro de desigualdades? Essa educação atende as nossas especificidades, nossas diferenças tanto locais, como pessoais? Que educação é essa que não nos torna conscientes?
É importante deixarmos claro que a educação é inevitável, porque sobrevive aos sistemas e, se em um ela serve à reprodução da desigualdade e a difusão de idéias que legitimam a opressão, em outro pode servir a criação da igualdade entre os homens e a pregação da liberdade, podendo servir também ao trabalho de construir outro mundo. “Reinventar a educação” é uma expressão muito utilizada por aqueles que acreditam na educação que liberta e emancipa o ser humano.
O mais importante nesta palavra, “reinventar”, é a idéia de que a educação é uma invenção humana e, se em algum lugar foi feita um dia de um modo, pode ser mais adiante refeita de outro, diferente, diverso, até oposto. E cabe a nós que acreditamos em uma educação libertadora que possamos mudar os rumos desse sistema que nos faz cada vez mais desiguais e indiferentes diante de nossa sociedade e mais especificamente diante de problemas que nos afetam diretamente, como é o caso da má qualidade da educação.
Por: Thaiza.
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